“Música digital está crescendo rapidamente. O tempo para mudança é agora.”

Com essa frase de impacto a Deezer aposta no marketing de inovação apelando para a propagação de pagamentos simplificados e centralizados.

“Nós queremos ter certeza que artistas se beneficiarão com este crescimento e com as muitas possibilidades de quem conhece mais música que todos.”

Hei, você aí que trabalha ou é um interessado na cadeia produtiva da música tem de fato conhecimento do modus de funcionamento da monetização nos serviços de streaming? Conhece as porcentagens aplicadas? Como se destina as verbas? Prazos? Relatórios? Envolvidos?

Pois bem, para além do que já foi descrito aqui de fato existem normas estabelecedoras de condutas que dão ensejo à monetização dos envolvidos na indústria da música, mas a questão é porque a Deezer passa a apostar no modelo de pagamento focado no usuário e levanta a discussão acerca do pagamento justo ao artista?

Duas hipóteses podem ser descritas para responder a essa indagação:

  1. A intenção de popularizar a forma de pagamento deixando-a mais acessível ao público em geral;
  2. A popularização da transparência na monetização do artista rende maior captação para a própria empresa.

No próprio site da empresa o artifício argumentativo para tal mudança seria para reduzir as disparidades injustas de receitas decorrentes da aplicação de velhas formas de pensar a música digital, criar suporte para criadores locais e gêneros musicais de nicho, promover um cenário musical diversificado e vibrante e promover um combate à fraude.

A própria argumentação da Deezer coaduna com as hipóteses descritas neste texto.

De fato, a tendência do mercado aponta para a solução através de uma plataforma de gerenciamento de direitos autorais, de vendas e pagamentos simples e intuitivas que, de preferência, possam ser traduzidos em relatórios mais simples e confiáveis que representam tanto a inteligência de mercado quando ao acesso a transparência desejada.

No caso da cadeia produtiva da música por englobar uma série de agentes tais como gravadoras, editoras, agregadores, distribuidores, produtoras (inclusive audiovisual), sociedade de classes, cooperativa de músicas, dentre muitos outros, o acesso fácil a informação se torna ainda mais urgente por proporcionar clareza na própria relação engendrada e necessária para a perpetuação da própria Cadeia Produtiva.

Colide com esta necessidade a confiança nos próprios usuários que poderão ter ciência dos rumos monetários e das possibilidades de rendimento. Usuários ganham. Empresa ganha.

Parece-me que o antigo modelo de cumulação para posterior distribuição para cada destinatário se apresenta atualmente como incapaz de se adequar à velocidade tecnológica, o imediatismo da lógica financeira e a segurança que a contemporaneidade mercadológica impõe.

Portanto, se adequar a este novo modelo claro, direto, transparente surge como uma possibilidade de adequação aos preceitos novos da tecnologia para sobreviver a momentos hodiernos em que a morosidade e a falta de eficácia em nada colaboram para o caminhar da nova forma de se entender do mercado da Música.

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