Muito se fala do crescimento do mercado de streaming no mundo, e, segundo dados oficiais da IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica), o Brasil já ocupa o 10º lugar em tamanho de mercado – e é o que mais cresce na América Latina. No entanto, quando se analisa a estrutura que envolve o mercado fonográfico nacional, nota-se que apesar do rápido crescimento e da consolidação do streaming como principal fonte de receita, a parte tecnológica da gestão financeira dos independentes não se desenvolveu na mesma velocidade, deixando um rastro de desorganização e ineficiência pelo caminho.
UM FESTIVAL DE PROBLEMAS
Atualmente, selos e editoras recebem imensos relatórios de vendas, com valores de até três dígitos após a vírgula. Processar esses relatórios, nos seus mais variados formatos, pode ser uma tarefa desumana – e é, pois isso ainda é feito quase que de forma inteiramente manual no mercado independente. Sem entrar no mérito dos valores pagos pelos players ou suas especificidades, é quase impossível processar estes micro valores e fazer pagamentos com agilidade sem uma boa tecnologia. Em consequência disso, os prazos de pagamento para artistas e autores podem facilmente passar de 60 dias após o trimestre civil – ou seja, mais de cinco meses para o profissional receber seus royalties.
Não bastasse a demora no recebimento dos direitos, outro problema comumente observado é que tanto o selo como a editora não conseguem disponibilizar uma previsão de receita para cada um dos integrantes das obras ou dos fonogramas, ou seja, artistas e autores não sabem o quanto ou quando vão receber, e assim não conseguem organizar suas finanças ou planejar o futuro.
Além disso, a maior parte dos selos independentes, que utilizam distribuidores que atuam no mercado brasileiro, recebe relatórios de vendas com valores totais consolidados por produto, com a justificativa de que o split das porcentagens de contrato deve ser realizado diretamente pelo selo. Com isso, cria-se outro problema: quando recebe os relatórios de vendas, o selo paga o valor integral para uma pessoa da banda (que foi eleita para receber ou seu empresário), e só depois é feita a divisão entre os integrantes, gerando taxas desnecessárias e mais atraso nos pagamentos.
A SOLUÇÃO: MÚSICA PARA SEUS OUVIDOS
Criada por músicos, tecnólogos e pessoas especializadas no mercado musical, a SMART RIGHTS é uma startup de tecnologia que desenvolveu uma ferramenta de baixo custo para organizar a vida financeira do mercado independente. Seu primeiro produto é uma plataforma de gestão de Royalties oferecida no modelo SaaS, ou Software-as-a-Service.
A ferramenta, que pode ser acessada via web ou aplicativo (disponível para IOS e Android), utiliza inteligência artificial para processar qualquer tipo de relatório de royalties, de qualquer distribuidor digital, relatórios do Youtube (para aqueles quem têm contrato direto), além dos relatórios trimestrais de editoras e de execução pública (este último, pago diretamente pelas sociedades de classe).
Outra funcionalidade importante: com posse desses dados, o software – que foi construído incorporando-se o machine learning, ou aprendizado de máquina, vai aprendendo com os dados que são inseridos e entrega informações cada vez mais detalhadas e precisas sobre desempenho dos produtos, sejam obras ou fonogramas, tornando-se também uma ferramenta indispensável para as áreas de marketing dos clientes.
O grande diferencial, e talvez o principal apelo que tem entre os clientes que já testaram e contrataram os serviços, é que seu uso garante maior agilidade e precisão no processamento de dados, fornecendo a folha de pagamentos detalhada, com os splits corretos, baseados nas porcentagem dos contratos, e principalmente, permite que os pagamentos sejam realizados com maior rapidez e para todos ao mesmo tempo – resolvendo um importante gargalo do mercado musical brasileiro.
Por James Lima e Marcos Cury
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